A Joana estava sentada no seu quarto, de braços cruzados e de testa franzida. A  mãe dela entrou com um sorriso de orelha a orelha e uma máscara colorida na mão.

— Joana, já escolheste a tua fantasia para o desfile de Carnaval? — perguntou a mãe.

— Eu não quero ir ao desfile — respondeu a Joana, emburrada.

A mãe, surpresa, sentou-se ao lado dela.

— Mas porquê? O Carnaval é uma festa tão divertida! Há desfiles, máscaras, confetis… toda a gente se diverte!

A Joana suspirou.

— Mas eu não entendo… Porque é que temos de nos mascarar? Para que servem esses desfiles barulhentos?

A mãe sorriu com carinho.

— Ah, minha querida Joana, o Carnaval é uma tradição muito antiga, cheia de cor e imaginação. Sabias que, há muitos séculos, as pessoas usavam máscaras e fantasias para poder brincar livremente, sem que ninguém soubesse quem eram? Assim, podiam rir, dançar, dizer piadas e esquecer as preocupações por um dia.

A Joana arregalou os olhos.

— Até os adultos faziam isso?

— Sim! E há mais — explicou a mãe —, o Carnaval também era uma forma de celebrar o fim do inverno e a chegada da primavera. As pessoas faziam desfiles para mostrar a sua criatividade, com roupas coloridas, carros alegóricos e muita música. Cada máscara e fantasia tinha um significado: algumas afastavam os maus espíritos, outras eram apenas para provocar gargalhadas!

A Joana começou a sorrir, imaginando um cavaleiro medieval a dançar com uma fada cor-de-rosa.

— Então… se eu quiser ir vestida de cientista maluca que inventa poções mágicas, posso?